quarta-feira, 5 de março de 2014

Lorde - O contrapop


Foi numa madrugada, entre um cochilo e outro em frente a TV que eu conheci a cantora Ella Maria Lani Yelich-O'Connor. Mas não a ouvi cantar, só vi seu rosto enquanto o narrador dizia com entusiasmo que Lorde (bem mais legal de falar, hein? kkkkk) era uma adolescente de 17 anos que estreou com muito sucesso. Junto de Adele, alcançou o feito de vender mais de um milhão de discos no álbum de estreia, seu álbum alcançou posições em rankings (como a Billboard) maiores do que de cantores já consagrados.

Só que o que me chamou atenção mesmo foi saber que ela compôs sozinha todas as músicas de seu CD, e que sua mãe é poetisa.
E minha surpresa foi maior quando, no dia seguinte, fui procurar as letras dela na internet (é a primeira coisa que faço quando conheço um cantor/banda rs), letras grandes, que dificultam aprender a música toda rapidamente, refrões que não repetem à exaustão e não grudam na mente. E me pergunto até hoje, o que fez essa guria ter tanto sucesso (kkk)?
Não faço a mínima ideia, só sei que as letras me encantaram, pois não é aquilo que estou acostumado a ver na música pop ("baby, I love you"; "you're my life, baby"; "my heart is yours, baby!"; baby, baby, baby....). Das 16 músicas da versão extendida do CD "Pure Heroine" - que contem as musicas do seu EP "The Love Club" - eu ouvi 6 e já me encantei (quando digo que "ouvi", não me refiro a ter escutado a música, mas sim ter apreciado, entendido a mensagem da música e tal...). Ela afirma que o luxo, festas de gala, badalação e abundância que são cantados pelos artistas pop (principalmente os mais jovens) estão longe da realidade dela e de muitos outros jovens. E ela deixa isso claro em Royals, sua música mais famosa.

As letras dela são bastante subjetivas. Dando margem para várias interpretações. A minha preferida até o momento é "Buzzcut Season", na qual ela fala a respeito das ilusões que vivemos por conta da falta de senso crítico e de iniciativa para trazer mudanças.

Outra que gosto bastante é "Bravado". A minha interpretação dessa é que uma artista mimada e arrogante está contando sua história (que eu tenho certeza que foi uma "cutucadinha" em cantoras as quais ela já criticou abertamente).

A musicalidade deixa muito a desejar. Tudo bem que não se pode esperar arranjos bons e interessantes na música pop em geral, é tudo muito artificial, e nesse quesito Lorde não é muito diferente do que se vê por aí. Às vezes dá pra ouvir um teclado, ou uma bateria, no mais, são só batidas eletrônicas bem secas.

Mas no fim das contas Lorde fica com um saldo beeem positivo. Já que pra mim as letras da música tem um peso maior. E quem sabe com o tempo ela não adquira uma sonoridade mais expressiva, interessante?

Esse é o clipe da música Team, a qual ainda estou em "processo de apreciação", tanto da música quanto do vídeo. rs




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