sábado, 16 de maio de 2015

Quinze

Sempre teremos algo a sentir
Nunca deixaremos o tempo esvair
Porque só sentir? Vamos admitir!
Nunca teremos só algo a sentir
Sempre haverá saudade batendo
Nunca, nem perto, a partida antevendo
Porque sem saudade é menor o aumento
Nunca haverá só saudade batendo
Sempre haverá o dia dezesseis
Mas, assim como esses versos, tudo pode mudar bruscamente
Porque a 15 "dias dezesseis" atrás foi exatamente o que aconteceu
Você entrou na minha poesia
Aquela que ainda não tinha sido escrita
Aquela que temos escrito juntos desde então
E fica tranquila, o Fabricante tem nos assegurado que haverá tinta na caneta para toda a vida!
Obrigado, por tudo!
Esses são só os primeiros 15 :)

(Feito em 16 de maio de 2014! rs)

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Primeiras sílabas e únicas coordenadas


Certo do teu amor
Te sinto o calor
Zarpar, assim, do oceano de dor

Do Almirante é que vem as coordenadas

Pelas costas que passaremos
                                       picos
Relevos diversos, de             até
                                                          depressões
Nenhum deles será capaz de fazer-nos sair do destino, pois

Nósso navio vai além da horizontalidade dos versos

De
pen
de

de

co
mo

i
re
mos

na
ve
gar!


(Feito no dia 12 de agosto de 2014! :D)

sábado, 9 de maio de 2015

"Quero entender o sentido, quero sentir o entendido..."



O vídeo trata-se de um debate sobre oque Ariovaldo Jr teve com um diretor de algum seminário presbiteriano aí, o debate foi focado na paráfrase que Ari fez da bíblia... o interessante é que Ari não teve um estudo formal de teologia e deixou o tal diretor quieto em vários momento. rs

Refleti em TANTA coisa ao assistir esse debate. Perdoem-me, mas o post vai ficar extenso e com uma confusão de ideias, mas preciso desabafar! rs

Nós criticamos as músicas que os jovens cristãos ouvem, dizendo que é secularização, mas nos templos nós usamos bateria, guitarra. Instrumentos inaceitáveis num templo décadas atrás (e ainda há igrejas hoje que não aceitam esses instrumentos).

Nós dizemos que usar short no templo é desrespeito. Mas muitos de nossos pastores já não pregam mais de terno, paletó, gravata, sapato social, cinto e sei lá mais o que. Imagino Robert Kalley, homem do século passado, visitando uma de nossas igrejas atuais, com certeza ele iria se escandalizar.

Contudo, o que me espanta mais não é o farisaísmo e tradicionalismo diabólico que se escondem nos discursos de "padrão bíblico" de vestimenta, de usos e costumes, de falar. Mas sim a falta de AMOR para para com aqueles que não conhecem a Cristo.

A igreja - que, diga-se de passagem, foi criada por CRISTO - ao longo do tempo foi institucionalizada por homens. Homens que foram criando regras que colocavam muros entre a EKKLESIA (que, "ironicamente", significa chamados PARA FORA, para SAIR) e o mundo. Literalmente, foram juntando o sal, tirando da comida e colocando dentro do saleiro (lugar onde o sal é completamente inútil).

Me espanta como temos nojo ao ver um homossexual, ou uma pessoa com piercings, alargadores. Me espanta o fato de simplesmente retirarmos do templo um bêbado ou mendigo, como se fossem cachorros latindo e atrapalhando o culto. Nós afastamos da igreja as pessoas que não conhecem a Cristo, e colocamos a culpa nelas mesmas.

Deus confiou a nós a PREGAÇÃO do Evangelho, e não a ELITIZAÇÃO dele.

Não leio a bíblia freestyle nem a recomendo. Mas é engraçado que, não fossem os "palavrões", esta paráfrase (e não versão, como alguns dizem por aí) da Bíblia não ia repercurtir tanto.

É como se existisse um conjunto de palavras que fosse pecado mencioná-las. E eu não consigo entender que seja isso quando leio "palavras torpes" na Bíblia. Cristo veio nos mostrar que a relevância do que fazemos está na nossa motivação, de forma que eu posso estar fazendo a coisa "mais certa" do mundo, se for com a motivação errada de nada adianta.

Neste mesmo entendimento eu vejo as tais "palavras torpes", a torpeza delas moram na minha motivação ao dizê-las. Por exemplo, "banana" é uma palavra que representa uma fruta, mas que pode adquirir torpeza se eu a pronuncio no sentido de descarregar minha raiva, ou falar dela com um sentido maldoso, usando do seu formato parecido com o da genitália masculina, por exemplo.

Ou seja, é apenas culturalmente que "porr@!" agride mais do que "banan@!", ambas as palavras pronunciadas com uma motivação errada são igualmente torpes.

Que sejamos menos hipócritas, olhemos mais para dentro de nós. Lembremos que Cristo não veio causar uma revolução gramatical, nem uma revolução da "moda", dizendo quais roupas e acessórios eram pra vestir, quais instrumentos tocar ou quais músicas ouvir. Ele veio causar uma revolução do nosso entendimento.

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente."
(Rm 12:2a)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O Criador e a criação

Estima-se que existem 10 trilhões de células no corpo humano, entre celulas ósseas, musculares, sanguíneas, cerebrais. Todas eucarióticas, carregando dentro de seu núcleo organizado a informação genética do indivíduo, constituída de 23 pares de cromossomos (ou seja, 46 cromossomos). Contudo, dentro dessa enorme diversidade de células, um tipo de célula (e apenas ele) se diferencia das demais, são as células sexuais, também conhecida como gametas. 

Os gametas (óvulo e espermatozóide) possuem 23 cromossomos, exatamente a metade do que se encontra nas demais células. E isso se dá porque no encontro de ambas, o espermatozóide adentra no óvulo, e após muitos fenômenos biológicos, os 23 cromossomos de cada gameta se juntam, formando assim 23 pares de cromossomos, uma nova e única idendidade genética.

Essa junção de células implica na perda de parte de sua informação genética (tanto no óvulo quanto no espermatozóide) para dar lugar a um agrupamento de cromossomos desconhecido ao gameta, mas implica também em geração de vida.

É fantástico perceber que o Criador é criterioso (kkkkkk) a ponto de fazer questão de colocar até em fenômenos biológicos a essência de seus conceitos, nesse caso, o de ser "uma só carne". 

Para ser uma só carne é preciso perder parte de si em favor do outro (e às vezes é preciso rasgar o orgulho para perder parte de si!). É preciso também aceitar parte do outro, e isso requer tolerância e paciência. Mas, acima de tudo, o ser uma só carne denota geração de vida, e não me refiro apenas ao nascimento de uma criança. Mas ao nascimento de uma vida matrimonial, que se arrastará pro resto da vida.

"Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias, e todos os abismos;
Fogo e saraiva, neve e vapores, e vento tempestuoso 
que executa a sua palavra;
Montes e todos os outeiros, árvores 
frutíferas e todos os cedros;
As feras e todos os gados, répteis e aves voadoras;
Reis da terra e todos os povos, príncipes e 
todos os juízes da terra;
Moços e moças, velhos e crianças.
Louvem o nome do Senhor, pois só o seu nome 
é exaltado; a sua glória está sobre a terra e o céu."
(Salmos 148:7-13)

sábado, 2 de maio de 2015

Cuidado



(Texto escrito em dezembro de 2014! rs)

Essa semana me mudei, e como ainda estou sem internet, estava vindo (no momento estou nela! rs) à igreja para utilizá-la (não é pecado, pecado é usar no meio do culto! u.u kkkk). E ontem presenciei uma cena interessante.

Fui descer uma escada, e me assustei com um barulho, ao olhar para cima, vi um passarinho, que provavelmente se sentiu ameaçado e saiu voando, e havia também um ninho com um ovo. Subi alguns degraus e vi que aquela que certamente era a mãe estava me olhando de uma certa distância, aflita por ver um ser vivo gigante se aproximando de sua cria, que nem nascido tinha ainda. Horas depois fui no local de fininho, e vi que a mãe estava lá novamente, aquecendo o ovo. Naquele momento Deus falou ao meu coração:

"Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. (Is 49:15)"


Não penso que ter fugido e deixado o ovo para trás foi um ato de falta de amor e cuidado. O passarinho simplesmente agiu por impulso, viu que se ficasse não haveria chances para ela, muito menos para o ovo. E, assim como nós, os animais também possuem esse senso de preservação.

Mas ainda assim Deus mostra que seu amor é ainda maior, é o mais constrangedor possível. Ele nos demonstra que seu amor ultrapassa qualquer laço que nós possamos conhecer ou entender. Cristo morreu para nos salvar, ele não se acovardou diante dos escárnios, da dor, do sofrimento.

Quero a cada dia amar como Ele me amou também...