O vídeo trata-se de um debate sobre oque Ariovaldo Jr teve com um diretor de algum seminário presbiteriano aí, o debate foi focado na paráfrase que Ari fez da bíblia... o interessante é que Ari não teve um estudo formal de teologia e deixou o tal diretor quieto em vários momento. rs
Refleti em TANTA coisa ao assistir esse debate. Perdoem-me, mas o post vai ficar extenso e com uma confusão de ideias, mas preciso desabafar! rs
Nós criticamos as músicas que os jovens cristãos ouvem, dizendo que é secularização, mas nos templos nós usamos bateria, guitarra. Instrumentos inaceitáveis num templo décadas atrás (e ainda há igrejas hoje que não aceitam esses instrumentos).
Nós dizemos que usar short no templo é desrespeito. Mas muitos de nossos pastores já não pregam mais de terno, paletó, gravata, sapato social, cinto e sei lá mais o que. Imagino Robert Kalley, homem do século passado, visitando uma de nossas igrejas atuais, com certeza ele iria se escandalizar.
Contudo, o que me espanta mais não é o farisaísmo e tradicionalismo diabólico que se escondem nos discursos de "padrão bíblico" de vestimenta, de usos e costumes, de falar. Mas sim a falta de AMOR para para com aqueles que não conhecem a Cristo.
A igreja - que, diga-se de passagem, foi criada por CRISTO - ao longo do tempo foi institucionalizada por homens. Homens que foram criando regras que colocavam muros entre a EKKLESIA (que, "ironicamente", significa chamados PARA FORA, para SAIR) e o mundo. Literalmente, foram juntando o sal, tirando da comida e colocando dentro do saleiro (lugar onde o sal é completamente inútil).
Me espanta como temos nojo ao ver um homossexual, ou uma pessoa com piercings, alargadores. Me espanta o fato de simplesmente retirarmos do templo um bêbado ou mendigo, como se fossem cachorros latindo e atrapalhando o culto. Nós afastamos da igreja as pessoas que não conhecem a Cristo, e colocamos a culpa nelas mesmas.
Deus confiou a nós a PREGAÇÃO do Evangelho, e não a ELITIZAÇÃO dele.
Não leio a bíblia freestyle nem a recomendo. Mas é engraçado que, não fossem os "palavrões", esta paráfrase (e não versão, como alguns dizem por aí) da Bíblia não ia repercurtir tanto.
É como se existisse um conjunto de palavras que fosse pecado mencioná-las. E eu não consigo entender que seja isso quando leio "palavras torpes" na Bíblia. Cristo veio nos mostrar que a relevância do que fazemos está na nossa motivação, de forma que eu posso estar fazendo a coisa "mais certa" do mundo, se for com a motivação errada de nada adianta.
Neste mesmo entendimento eu vejo as tais "palavras torpes", a torpeza delas moram na minha motivação ao dizê-las. Por exemplo, "banana" é uma palavra que representa uma fruta, mas que pode adquirir torpeza se eu a pronuncio no sentido de descarregar minha raiva, ou falar dela com um sentido maldoso, usando do seu formato parecido com o da genitália masculina, por exemplo.
Ou seja, é apenas culturalmente que "porr@!" agride mais do que "banan@!", ambas as palavras pronunciadas com uma motivação errada são igualmente torpes.
Que sejamos menos hipócritas, olhemos mais para dentro de nós. Lembremos que Cristo não veio causar uma revolução gramatical, nem uma revolução da "moda", dizendo quais roupas e acessórios eram pra vestir, quais instrumentos tocar ou quais músicas ouvir. Ele veio causar uma revolução do nosso entendimento.
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente."
(Rm 12:2a)
Nenhum comentário:
Postar um comentário