Ele passou o resto da tarde ocupado com outras coisas e se esqueceu do fato que ocorreu horas antes. Passaram-se dias e ele não voltou a lembrar-se dela. Até que no fim de uma tarde, ele a viu, conversando com duas garotas, achou estranho o fato de ter percebido o número e gênero das pessoas com as quais ela conversava, e também que nada a sua volta parou ou perdeu brilho. Olhou para ela, dessa vez um pouco mais intensamente, procurando desesperadamente a garota das unhas azul-bebê com pontinhas brancas que viu dias antes, mas a única coisa que conseguiu ver foi uma garota que usava óculos e com cabelos lindos, nada além. Passou por ela, decidido a não virar para olhá-la, temendo que dessa vez ela fizesse uma careta para ele. "Vai ver é porque ela não estava sorrindo" pensou, mas logo descartou a idéia de sua mente, "não, se ela realmente fosse tão linda o sorriso iria somente aumentar sua beleza". Ele percebeu que o que aconteceu dias antes não foi nada além de uma falha de "projeção de um ser perfeito".
Continuou caminhando para o carro, e percebeu que tinha um grupo de pessoas se divertindo logo ao lado, e uma garota sentada na grama, sozinha, bem em frente ao grupo. Ela era baixinha, seus cabelos eram rebeldes, e usava óculos. Olhou através dos óculos dela e percebeu sua beleza sem mesmo ter sorrido, mas dessa vez tudo continuou em sua velocidade habitual, e ela não ganhou um brilho a mais.
"Poxa, que poder a nossa mente tem!", refletiu, ao entrar no carro e voltar para casa..
2 comentários:
Momento desencanto I...
kkkkkkkkk'
Olha, eu realmente gosto quando vc escreve...
mas tuh acabou com o romantismo da parte I!!
Tah, tudo bem... ficou bem verídico.
Mas parece que a gente gosta dessas falsidades fictícias de livro famooso
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