Lizzie Pontes, mais conhecida por Li, não chegava a 1,60m de altura, cabelo louro-avermelhado, pele clara, e tinha sardas. Usava óculos, seu nariz era simplesmente perfeito, assim como seus olhos cor de canela, seu rosto era lindo. Ela morava com seus pais, Thomas e Lena, e com Márcio, seu irmão que tinha 27 centímetros e três anos a mais que ela. Fato que ninguém suspeitava até que alguém o dissesse. "Ele trocou a maturidade por centímetros a mais", Lizzie dizia para provocá-lo.
Ela sempre gostou de ler, e o fazia compulsivamente, muitas vezes era chamada atenção por seus pais: "Li, querida, descanse um pouco, faz horas que você lê sem parar!". Nunca se esqueceu do primeiro livro que leu: "A aritmética da Emília", e se lembrava da história todinha. Em poucas semanas, já tinha lido todos os livros infantis de Monteiro Lobato.
Li não gostava de falar sobre namoro, ela sempre teve um bloqueio nesse assunto por conta de uma experiência que viveu. E pra piorar, Thomas, seu pai superprotetor, vivia a alertando: "Se um menino ficar te olhando por muito tempo, não queira conversa com ele, pode ser um tarado! Essas 'crianças pseudo adolescentes' de hoje em dia vivem cheias de segundas intenções!!". Aos 17 anos, ela não pensava muito diferente de seu pai, não tinha nenhum laço forte com nenhum garoto (além de Márcio, apesar de às vezes brigarem, algo normal entre irmãos. Eles se gostavam, e tinham até ciúmes um do outro), pois tinha medo de que na verdade o tal garoto só quisesse confirmar o ditado "Homem não tem amigas, tem futuras namoradas".
Mas teve um garoto no seu colégio que, como seu pai dizia, a olhou por muito tempo. Só que esse muito tempo fazia meses, e, diferentemente de como outros garoto agiram, ele nunca tinha falado com ela.
Um comentário:
Ahhhhhhhh, gostei... vai ter continuaçãoo????
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